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O Seminário da Diocese de Setúbal - também conhecido por Seminário Maior de São Paulo - encontra-se num antigo convento Dominicano, com mais de quatro séculos de história, e serve para a formação sacerdotal daqueles que se preparam para ser os futuros Padres da Diocese de Setúbal.
Muitas gerações de frades dominicanos aqui rezaram, prepararam e pregaram os seus sermões; aqui retemperaram as suas forças, para novas missões; e aqui também viveram na normalidade dos seus dias, segundo a regra e o espírito de S. Domingos; aqui entregaram a sua alma a Deus – aqui morreram.
Foi aqui que a Confraria de Nossa Senhora do Rosário manteve viva a devoção à Mãe de Jesus, segundo o carisma da mesma Ordem Dominicana, na vila de Almada.
Foi aqui que uma família francesa de industriais de Cacilhas se estabeleceu por mais de cem anos, depois da expulsão das Ordens religiosas de Portugal; e também foi aqui que Almeida Garrett se inspirou, para a realização de uma das suas obras maiores, «Frei Luís de Sousa».
Foi aqui, no século XX, aquando da implantação da República, que se fizeram sentir vários tumultos.
Foi aqui que se estabeleceu o Seminário Patriarcal de São Paulo, quando este espaço foi recuperado para o serviço da Igreja, pelo então Cardeal Cerejeira.
Foi para aqui que o nosso Seminário foi transferido de Setúbal, em 1999, pelas mãos de Dom Gilberto Canavarro dos Reis. Fundado há mais de 25 anos, pelo nosso 1º Bispo, Dom Manuel Martins, é aqui que agora nos encontramos, em comunhão com D. José Ornelas, o nosso atual Bispo, na fidelidade criativa ao espírito com que começamos.
Por aqui passam anualmente milhares de pessoas, que procuram o silêncio e a solidão, longe do barulho do mundo, para encontros de oração e formação - para se encontrarem com Deus e consigo próprias.
Também aqui nos visitam aqueles que querem disfrutar da nossa «Quinta Pedagógica», cuja oferta é enriquecida pelos diversos miradouros, à beira mal plantados.
Aqui se encontra a comunidade de seminaristas - futuros padres da Diocese de Setúbal - e padres do Seminário, escolhidos por Deus para servir a humanidade, ao modo de Jesus Cristo. Assim cantamos, diariamente, louvando e bendizendo a Deus, segundo a milenar tradição da Igreja, de portas abertas para o mundo: «Bendiz, ó minha alma, o Senhor, e não esqueças nenhum dos seus benefícios» [Sl 103(102), 29].
Maquete da bandeira elaborada pelo Pe Ramiro Ferreira
O Seminário de São Paulo de Almada foi fundado como seminário do Patriarcado de Lisboa no ano de 1935, mas já antes a casa contava com um rico historial, de grande relevo na vida de Portugal e de toda a zona circundante de Lisboa. Assim, a vida desta belíssima casa começa no já longínquo ano de 1569, com a fundação do Convento Dominicano de São Paulo de Almada por Frei Francisco Foreiro, insígne teólogo que se distinguiu no Concílio de Trento, e então Provincial da sua Ordem no nosso país, que nele viria a falecer e ser sepultado em 1581, onde ainda hoje se encontra.
mais...Em 1755, o Convento sofre grandes danos, e só a Igreja é restaurada quase de imediato, motivo pelo qual passa a sede da paróquia de Nª Sª da Assunção do Castelo, cuja igreja havia caído com o sismo. Dez anos depois, e porque as condições nunca mais foram as mesmas desde aquele catalismo, os Frades Pregadores abandonam o Convento de São Paulo.Começa aqui o rol das muitas tribulações e mãos pelas quais o Convento passou. Em 1775, os Dominicanos vendem a quinta a um industrial francês, François Palyart, e a casa conventual, em 1776 aparece já na posse das Ordens Militares, que por sua vez, e ainda no mesmo ano, a tornam a vender, desta feita ao mesmo francês que já tinha comprado a quinta. A igreja e uma das alas do convento ficaram para a paróquia. Com o decreto de extinção das Ordens Religiosas de 1834, os bens dessas instituições passam a fazer parte do património estatal, mas isso em nada afecta a Igreja de São Paulo, que era paroquial e não de ordem religiosa. Mas no ano seguinte, perde esse carácter, pois a paróquia de Nª Sª da Assunção do Castelo foi definitivamente incorporada na de Santiago de Almada, ficando a igreja entregue aos cuidados de uma das suas irmandades, a do Rosário. Segue-se uma fase extremamente confusa, com vendas e contravendas, falências e casos mal esclarecidos.
Chegamos, entretanto, a 1855 com uma situação no mínimo caricata: a quinta e a casa eram de um proprietário, mas o corredor da Sacristia era de outro. E assim se foi caminhando, com tudo a ameaçar derrocada total. A irmandade da Assunção, para não deixar que a igreja se danificasse, fez restauros em 1897. Em 1913 está danificada grandemente, tendo sido as imagens atiradas pela ravina ou queimadas. Alguma coisa escapou, mas nada ficou incólume.Em 1934, o Patriarcado de Lisboa adquire a Quinta e o Convento, por intermédio do Cónego José Falcã, para instalação do Seminário Menor, sendo este inaugurado no ano seguinte, a 20 de Outubro de 1935, pelo então Patriarca D. Manuel Gonçalves Cerejeira, com 41 seminaristas. O seu primeiro Reitor foi Monsenhor Francisco Félix, e o primeiro Vice-Reitor, o Padre António de Campos, mais tarde ordenado Bispo. Por o espaço ser relativamente exíguo para o que se necessitava, logo em 1936 começam obras de ampliação, que foram terminadas e inauguradas em 1938.Cumpridas que foram, em 1960, as Bodas de Prata do Seminário, este preparava-se para atravessar o Concílio Vaticano II. No fim deste, em 1965, surgiu uma novidade: o Patriarcado de Lisboa iria criar três zonas pastorais - Santarém, Oeste e Setúbal - com vista à sua elevação a Dioceses. O Seminário de Almada ficou assim plenamente integrado na Zona pastoral de Setúbal. Os acontecimentos, no entanto, não tomaram um rumo linear: nas conversações e nas reuniões havidas no seio da Conferência Episcopal Portuguesa sobre a criação e os limites das novas dioceses, o Cardeal Cerejeira opôs-se a que o Santuário do Cristo-Rei e o Seminário de Almada fossem integrados no território da nova Diocese de Setúbal. A votação então havida foi inconclusiva, com a diferença de um voto a separar os bispos secundantes desta opinião e os seus opositores, para quem tudo o que estava abaixo da linha do Tejo no território do Patriarcado devia fazer parte da nova Diocese de Setúbal. E assim, a 16 de Outubro de 1975, pela Bula Studentes Nos, do Papa Paulo VI, era criada a Diocese de Setúbal, sem o Seminário de Almada e o Santuário de Cristo-Rei. No entanto, mercê das insistências do Cónego João Alves, antigo Vice-Reitor do Seminário, que viria a ser Bispo de Coimbra e Presidente da Conferência Episcopal, a Bula trazia a clausula de que as duas instituições só ficariam em administração do Patriarcado «enquanto não se pode providenciar doutro modo».
Enquanto isso, na nova diocese de Setúbal, nascia o Seminário Diocesano logo a 2 de Fevereiro de 1976, pela mão do seu primeiro bispo, D. Manuel Martins. Este seminário, no entanto, não teve outra existência senão a formal durante cerca de quinze anos, com os seminaristas de Setúbal a fazerem a formação fora do território da diocese, na sua maior parte nos seminários de Almada e Olivais, do Patriarcado. Ao mesmo tempo que, em 1986, o Seminário de São Paulo comemorava as suas Bodas de Ouro, ia nascendo e crescendo o desejo em D. Manuel Martins de poder fazer a formação dos seus seminaristas numa instituição que tivesse a ver com a realidade da sua diocese. E foi assim que, em 1991, nasceu com três seminaristas que o iniciaram, na cidade episcopal, o Seminário de Santa Maria Mãe da Igreja, dando finalmente corpo ao Seminário Diocesano de Setúbal. Deixou-se então de frequentar o Seminário de São Paulo, completando-se somente a restante formação no Seminário dos Olivais. Mesmo este estado de coisas viria a terminar no ano de 1997, com D. Manuel Martins a chamar todos os seminaristas a Setúbal, devido ao facto de entender estarem reunidas todas as condições para a formação ser feita integralmente na Diocese.Neste intervalo de tempo, nunca a situação do Seminário de Almada e do Cristo-Rei surgiu como «natural» aos olhos dos diocesanos de Setúbal, que olhavam com alguma estranheza a sua continuada situação de enclave dentro da nova Diocese, sem resolução definitiva à vista. Pela conjugação de diversos factores, no ano de 1998 foi possível às duas dioceses começarem a encarar a hipótese da transferência, o que, depois de algumas conversações, se veio a realizar a 16 de Julho de 1999, XXIV Aniversário da criação da Diocese de Setúbal, já então presidida pelo seu segundo bispo, D. Gilberto D. G. Canavarro dos Reis. Os seminaristas que estavam em Setúbal vieram então para o Seminário de Almada, mantendo-se os responsáveis: como o Reitor, Mons. Alfredo Brito, e como primeiro Vice-Reitor, o Padre Carlos Rosmaninho. Em 15 de Agosto de 2002, para dar continuidade e renovar tão importante obra diocesana, o Senhor Bispo de Setúbal, como é tradição, assumiu pessoalmente o papel de Reitor, nomeou Vice-Reitor o Padre José Rodrigo da Silva Mendes F.C. e Prefeito e Ecónomo o Padre João Rosa José, sendo este último substituído, em 2005, pelo Padre Fernando Maio de Paiva.
A instituição Seminário de S. Paulo foi assim plenamente assumida, com a sua história e tradição já longas, pela Diocese de Setúbal, que deseja torná-la coração e viveiro de muitas vocações, para a Diocese e para tudo aquilo que o Senhor pede à Sua Igreja. Procura não desdizer o passado das duas instituições que lhe deram origem: o Seminário Patriarcal de S. Paulo e o Seminário de Santa Maria, Mãe da Igreja. Estes foram como que os «progenitores» desta nova situação do Seminário Maior de S. Paulo: um «pai» ardente no zelo do Apóstolo de quem tomou o nome, e uma «mãe» pobre e simples que toma d'Aquela que lhe deu a existência a fé confiante e a vontade de servir até ao fim, «até à morte e morte de cruz» e «guardando sempre tudo no coração».
O objectivo da Obra do Bom Pastor é a promoção das vocações sacerdotais e a ajuda espiritual e material ao Seminário Diocesano. Os Núcleos Paroquiais da Obra do Bom Pastor organizam e dinamizam, sob a orientação do respectivo pároco, a oração pelas vocações na Paróquia. Habitualmente esta oração realiza-se, de forma comunitária, nas primeiras Quintas-feiras de cada mês. Os elementos da Obra do Bom Pastor participam, na medida do possível, nos Encontros no Seminário de S. Paulo de Almada.
Nos últimos Domingos de cada mês, o Seminário abre as suas portas a todos os que queiram conhecer a comunidade que nela habita e rezar por todas as vocações, em especial as vocações ao sacerdócio ministerial. Estes encontros desenrolam-se em três momentos: Conferência/Formação, Convívio (lanche partilhado) terminando com a Adoração do Santíssimo Sacramento e Celebração Solene de Vésperas. Não é necessária qualquer inscrição prévia.
Horário: das 15:30 às 18:30 horas.
Para mais informações e marcações contacte-nos para:
As nossas instalações dispõem de condições que nos permitem receber grupos para:
Dispomos de uma vasta zona envolvente e uma privilegiada vista sobre o Tejo e a cidade de Lisboa. Na quinta, o espaço de pinhal permite a realização de acampamentos escutistas ou de outras associações.
Para mais informações e marcações contacte-nos para:
«É muito urgente, sobretudo hoje, que se difunda e se radique a convicção de que todos os membros da Igreja, sem excepção, têm a graça e a responsabilidade do cuidado pelas vocações» (Eu vos darei Pastores, nº 41, João Paulo II)
Conta Bancária - IBAN: PT50 0035 2143 0003 2635 83033
Cheques à ordem de: Seminário de São Paulo de Almada
MB Way: 918 069 984 (este número não recebe chamadas)
Enviaremos, sempre que solicitado, recibo de donativo para efeito de benefícios fiscais (IRS). Indicar nome, morada e nº de contribuinte.
O seu donativo é dedutível no IRS.
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A proteção dos seus Dados Pessoais tem importância para a nossa instituição. Ao enviá-los para nós estará a aceitar que sejam tratados de acordo com a nossa política. Consulte-a aqui.
Qualquer católico comprometido deve ter consciência que a sua ajuda económica à Igreja serve para que os fiéis possam usufruir dos seus direitos cristãos, que não lhes devem ser negados. Assim, cada batizado deve saber que deve prover às necessidades da Igreja para que ela possa alcançar as suas finalidades1. Segundo o Papa Francisco, estas finalidades são «o culto divino, a honesta sustentação do clero, o apostolado e as obras de caridade, especialmente ao serviço dos pobres»2.
Uma pessoa que dá dinheiro para o Seminário entende o cumprimento deste seu dever e que o seu donativo torna possível o projeto formativo dos futuros padres da diocese.
Qualquer católico, especialmente da diocese de Setúbal, pode e deve fazê-lo.
O dinheiro das ofertas ao Seminário é gasto fundamentalmente com os seminaristas e a estrutura material do Seminário. Quer isto dizer que são utilizadas para custear:
Sentimos a responsabilidade de prestar a máxima atenção para uma justa administração dos recursos económicos doados.
Teresa Salgueiro, cujo nome e magnífica voz poucos desconhecerão, aceitou de bom grado dar voz a este conjunto de belos hinos da Liturgia das Horas musicados por alguns dos nossos melhores compositores de música litúrgica; e ofereceu este excelente fruto do seu muito trabalho a este Seminário de Almada para ser colocado à disposição do grande público.
Este CD é a concretização de um sonho:"Cantar". Numa gravação com a flauta. Uma série de cânticos religiosos de grande profundidade melódica. Os temas foram escolhidos de acordo com a progressão do ano litúrgico, ordenados ao ritmo da celebração eucarística e exclusivamente de autores portugueses de várias épocas. O CD, para nossa alegria, fica associado à celebração dos setenta e cinco anos do Seminário de São Paulo de Almada.
O projecto "Sopro de Vida" foi inaugurado com um CD sub-titulado "Ao Ritmo da Liturgia" e foi lançado à três anos atrás acompanhando a celebração dos 75 anos do Seminário de Almada e inaugurou uma série, por nós proposta e pensada, de gravações com o apoio e patrocínio desta instituição, dedicadas à divulgação de música litúrgica de autores portugueses. Decidimos continuar o nosso propósito com uma edição que contempla apresentar uma série de temas dedicados a Nossa Senhora, que tanta devoção tem neste país e tanta inspiração tem lançado no coração de todos aqueles que expressam o seu amor por Ela através da música.
Destinado a assinalar as bodas de diamante do Seminário de São Paulo de Almada, este roteiro apresenta não só a história da instituição, como também revela a riqueza do seu espólio e da sua arquitectura, que remontam ao Séc. XVI, época em que o núcleo mais antigo foi edificado como mosteiro dominicano.
O Seminario é Jesus a chamar os que Ele escolhe para andarem com Ele e para os enviar em missão. Felizes seremos se, na luz da fé. descobrirmos e acolhermos, com o dom do Espírito Santo, esta presença amiga e salvífica de Cristo Bom Pastor, a guiar-nos para a coroação de Seu e nosso Pai. (Gilberto, Bispo de Setúbal)
Quase no fim deste Ano Sacerdotal, pareceu-nos ... oportuno colocar à disposição, particularmente da nossa Igreja Diocesana, este conjunto de textos. Eles ajudarão a manter vivos entre nós os ensinamentos e exemplos de S.João Maria Vianney, o Santo Cura de Ars, cujo 150° aniversário do Dies Natalis esteve na origem deste Ano Sacerdotal.